quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

DR

Grita! Mas por favor? Grita na minha cara. Gritaria sem ser de frente só me faz sentir o total avesso das suas emoções reais. Para de falar baixinho e mansinho, quero notas altas e clareza na sua voz, já não agüento mais a sua falta de adrenalina. Vira essa tequila e traga o seu cigarro, mas faz isso com um pouco de veemência por obséquio? Pra quê tanto corpo, tanto músculo, tanto físico? Você nunca tira sangue de ninguém, você nunca perde sangue por ninguém.
Você não chora por vontade, as lágrimas brotam por comodismo, apenas pela dinâmica dos seus olhos, não pelos sentimentos do seu corpo ou necessidade da sua alma. Mente pra mim? Mente com gosto, com toda sinceridade que você consegue localizar. Deixa de sorrir amarelo e fabricar sua luz artificial. Chorar vermelho é mais digno, gargalhar é mais digno, luz natural, de fato, é mais digno.
Eu quero vida em você, quero sentir-la na sua voz, nos seus gestos.
Estou passando seu amor.
Aceito apenas sua paixão e em troca ofereço-lhe um pouco de vida.