Sangue está quente, quando digo quente é quente mesmo, eu sinto a temperatura dele pelo corpo, pelo rosto, através dos olhos, na minha íris. Nem sei quando começou, não deu pra sentir a gradativa diferença, só sei que quando vi já tava em ebulição, algo bem acima do clássico 100 °C. Uma sensação boa, estranha no meu corpo normalmente frio, gelado, minimamente morno nas horas mais tensas, mas não, dessa vez ele pede calor, pede adrenalina, pede gritos e pontapés, não importando aonde apenas com o objetivo final de estrago e destruição. Não me ofereça gelo ou água com açúcar, prefiro me sentir assim, já disse que não quero me acalmar, trabalho melhor sob emoções fortes, tenho mais foco, tenho mais objetivo. Perdoar, compreender, relaxar, sorrir e me divertir, ações mais hipócritas não existem neste momento, eu quero é acusar, discordar e ofender, só os fortes conseguem isso, os fracos costumam ceder e baixar a cabeça. Não me venha com essa, você acha que eu preciso de quê? Amor? Tudo, menos amor. Sentimento cansativo e desgastante, algo muito estático, preciso de dinâmica nesse momento, dinâmica da velocidade, do homem moderno, do capitalismo odiado, algo bem futurista, bem ao modo que eu preciso válvula de escape. Gritei, soquei, chutei, xinguei, chorei, respirei, olhei, acalmei, compreendi, cedi, dissimulei, sorri, sou hipócrita de novo, sou superficial de novo, sou feliz de novo. Ai o amor e a paz me trazem tanta felicidade. =)
ps¹: Não estou com ódio do mundo, tenho dito.
ps²: Não foi dedicado a ngm esse texto.
Beijo. =D